A COVID-19 criou uma crise económica e social diferente de qualquer outra na história viva, e os bancos alimentares estão na linha da frente. Espera-se que o número de pessoas que vivem em extrema pobreza aumente 20%, mais de mil milhões de trabalhadores não conseguiram regressar ao trabalho e ganhar um salário suficiente, e centenas de milhões de crianças estão a faltar aos almoços na escola. Espera-se que esta crise se prolongue por bastante tempo. A 9 de Junho, o Secretário-Geral da ONU declarou "embora, a nível mundial, haja alimentos suficientes para todos, o declínio significativo do crescimento económico devido à pandemia traduziu-se numa questão de acesso aos alimentos, limitando a capacidade das pessoas de obterem alimentos suficientes ou nutritivamente suficientes, especialmente em países já atingidos pela fome e outras crises, mesmo antes da COVID-19". A ONU está a projectar que a fome pode agravar-se dramaticamente, e rapidamente, à medida que a economia se contrai. 

Desde que a COVID-19 foi declarada pandémica, a procura de serviços bancários alimentares aumentou em 50-100%. Os bancos de produtos alimentares estão a aumentar as suas operações durante um período em que as doações de alimentos são baixas devido a perturbações na cadeia de abastecimento, e alguns recursos de financiamento estão a secar devido à crise económica. Muitos canais de distribuição tradicionais já não são viáveis devido ao encerramento de agências e às necessidades de distanciamento social.  

Dados estes novos desafios, e a enorme necessidade de ajuda alimentar, nunca foi tão crítico unir bancos alimentares e parceiros que se preocupam com a fome a nível mundial e discutir como escalar urgentemente a ajuda de emergência.